sábado, 22 de julho de 2023

RELAÇÕES AMOROSAS.

As relações amorosas são complexas e desafiadoras. Não existe uma fórmula simples para definir o que é o amor, como ele surge, como ele se mantém ou como ele termina. O amor não é um sentimento dicotômico, que se divide entre o tudo ou o nada, o sim ou o não, o certo ou o errado. O amor é um sentimento dinâmico, que se transforma, se adapta, se intensifica ou se esvazia ao longo do tempo e das circunstâncias.


Por isso, é natural que a gente sinta dúvidas, medos, angústias e conflitos nas relações amorosas. Às vezes, não sabemos se estamos amando ou sendo amados da forma que gostaríamos. Às vezes, não sabemos se estamos felizes ou insatisfeitos com a pessoa que escolhemos. Às vezes, não sabemos se queremos continuar ou terminar um relacionamento. Às vezes, não sabemos se somos capazes de amar uma só pessoa ou mais de uma ao mesmo tempo.


Essas dúvidas não significam que somos fracos, indecisos ou infiéis. Significam que somos humanos, que temos sentimentos complexos e que estamos em constante mudança. Não há nada de errado em questionar o amor, em buscar novas formas de vivê-lo ou em reconhecer que ele acabou. O importante é ser honesto consigo mesmo e com o outro, respeitar os limites e os desejos de cada um e buscar a felicidade e o bem-estar nas relações amorosas.


Não existe um modelo único ou ideal de relacionamento. Cada casal pode encontrar a sua própria maneira de se relacionar, seja ela monogâmica, poliamorosa, aberta, fechada, duradoura ou passageira. O que importa é que haja amor, confiança, comunicação e cumplicidade entre as pessoas envolvidas. O amor não é uma prisão, mas uma liberdade. Não é uma obrigação, mas uma escolha. Não é uma certeza, mas uma possibilidade.

O DEUS EM QUE EU ACREDITO

Eu me permito ser cético em relação à existência de Jesus Cristo, embora tenha crescido numa família tradicional cristã no Brasil. Sinto culpa até mesmo em afirmar tal coisa, pois sei que isso pode magoar ou decepcionar as pessoas que amo e que me ensinaram a fé cristã. Mas não posso negar as dúvidas que habitam o meu coração e a minha mente.


Tantas figuras de santos, a Trindade e a própria ressurreição me parecem mitologias, histórias inventadas ou distorcidas pelos homens para explicar o inexplicável ou para manipular as massas. O Deus em que acredito é bastante diferente de alguém que está sentado numa nuvem a julgar a humanidade e a decidir quem deve ir para o paraíso ou para o inferno. O Deus em que acredito é amoroso, misericordioso, justo e sábio.


A prova da existência de Deus, seja como for - provavelmente uma energia onipresente que guia tudo para o bem - são as coincidências boas e generosas que vejo acontecer com frequência na minha vida e de outras pessoas. São os milagres cotidianos, as sincronicidades, as intuições, as inspirações, as bênçãos disfarçadas. São os momentos de paz, de alegria, de gratidão, de compaixão, de perdão, de amor.


Eu não sei se Jesus Cristo existiu ou não, se ele foi um homem ou um Deus, se ele morreu e ressuscitou ou não. Mas eu sei que ele deixou um legado de ensinamentos valiosos, que podem nos ajudar a viver melhor e a nos aproximar de Deus. Eu sei que ele pregou o amor ao próximo, a humildade, a bondade, a generosidade, a tolerância, a esperança. Eu sei que ele foi um exemplo de luz, de sabedoria, de coragem, de fé.


Como disse o filósofo francês Blaise Pascal: "O coração tem razões que a própria razão desconhece". Talvez eu nunca tenha certeza sobre Jesus Cristo ou sobre Deus. Talvez eu nunca consiga provar ou refutar nada. Talvez eu nunca consiga conciliar a minha razão com a minha fé. Mas eu escolho seguir o meu coração, que me diz que há algo maior do que eu, do que nós, do que tudo. E que esse algo é bom.