Cá estou eu novamente, tentando escrever. E escrevendo, ora bolas! Como se isso fosse difícil fazer...
Gostaria muito de parar de pensar em mim mesmo. Ou melhor, deixar de ser uma pessoa “umbiguilina”, que vive pensando em si mesma e esquecendo de que existe um mundo maior ao seu redor e, além dela mesma, muitas e muitas outras pessoas.
Contudo, apesar desse sentimento de culpa – o de falar comigo mesmo e deixar de ouvir outra pessoa agora para ouvir a mim mesmo – é natural, aceitável e... Perdoável.
Quem é que não fala consigo mesmo?
Quem é que não fala consigo mesmo?
Penso até que, se estou me preocupando e me ocupando com outras pessoas, não devo ser tão “umbiguilino” assim. Tenho receio em estar “desencaixado” no mundo.
Li uma pesquisa... Não! Ouvi da Clarissa – minha cunhada e psicóloga – que, as maiores incidências de pessoas que a procuram em seu consultório – pessoas que vão para a terapia – são pessoas com idade de 40 a 60 anos e, pasmem! Jovens na casa dos 25 a 30 anos.
Segundo ela, isso acontece porque é justamente nessa fase da vida que a gente se dá conta de que já não somos mais crianças e que já estamos vivendo com regras, compromissos e lidando com as frustrações – não sei se são palavras dela ou se são minhas mesmo! Rs! Além disso – isso sim, lembro que foi ela quem disse! -, sofremos por não saber exatamente o que queremos.
Até certo ponto, não sabia exatamente o quão era importante sequer realizar as minhas próprias vontades para me satisfazer e ser feliz. Não suportava às vezes ter de brigar para impor o meu espaço e respeitar a mim mesmo. Imaginava que o outro deveria me respeitar “pronto - acabou” e “ponto-final”.
Tudo isso escrito no pretérito-imperfeito e, há algum tempo percebi que o passado não foi tão perfeito assim...
Como culpar ao outro, se a responsabilidade pelas coisas que aconteceram também é minha? Veja bem, sou responsável pelas coisas que faço ou que deixo de fazer, mas não estava sozinho. Contudo, pensar na responsabilidade do outro nessa hora não ajuda. Quando pensamos na responsabilidade do outro em algo que não rolou como a gente esperava, não dá em nada. Somente faz com que voltemos a cutucar a ferida, perceber que ela ainda dói e, ao mesmo tempo, identificar que o que você sentia já não sente mais e que o que dói mesmo é saber que a postura que você tomou não foi a devida – certa; necessária; porém, apresentada de forma errada. Poderia ser de outra forma...
Às vezes ficamos cegos para nós mesmos. Para evitar que isso se repita, estou escrevendo. Procurando em minhas palavras, alguma coisa que está fora do lugar. Ai ai... Talvez o certo seja deixar de falar e começar a me escutar mesmoooooooo!! Rs!
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