quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Guernica

Um pouco de Cultura.

* Fonte: Wikipedia, a Enciclopédia Livre
Guernica é um painel pintado por Pablo Picasso em 1937 por ocasião da Exposição Internacional de Paris. Foi exposto no pavilhão da República Espanhola. Medindo 350 por 782 centímetros, esta tela pintada a óleo é normalmente tratada como representativa do bombardeio sofrido pela cidade espanhola de Guernica em 26 de Abril de 1937 por aviões alemães, apoiando o ditador Francisco Franco. Atualmente está no Centro Nacional de Arte da Rainha Sofia, em Madrid.
Composição
A pintura foi feita com o uso das cores preto e branco - algo que demonstrava o sentimento de repúdio do artista ao bombardeio da cidadezinha espanhola. Claramente em estilo cubista. Picasso retrata pessoas, animais e edifícios nascidos pelo intenso bombardeio da força aérea alemã (Luftwaffe), já sob o controle de Hitler, aliado de Francisco Franco.
Morando em Paris, o artista soube dos fatos desumanos e brutais através de jornais - e daí supõe-se tenha saído a inspiração para a retratação monocromática do fato.
Sua composição retrata as figuras nos ao estilo dos frisos dos templos gregos, através de um enquadramento triangular das mesmas.
O posicionamento diagonal da cabeça feminina, olhando para a esquerda, remete o observador a dirigir também o seu olhar da direita para a esquerda, até o lampião trazido ainda aceso sobre um braço decepado e, finalmente, à representação de uma bomba explodindo.
Esse quadro também foi feito com o objetivo de passar para os que vissem, o que ele estava sentindo, um vazio por dentro de si, um conflito, uma guerra consigo mesmo buscando resposta para a sua vida amorosa. Será que o meu problema é realmente maior do que essa guerra? Ou tem mais importância para os outros? E naquele momento, ele conseguia esquecer. O que para nós representa uma grande preocupação por parte do autor do mesmo.
Citação
"No, la pintura no está hecha para decorar las habitaciones. Es un instrumento de guerra ofensivo y defensivo contra el enemigo." ("Não, a pintura não está feita para decorar casas. Ela é uma arma de ataque e defesa contra o enemigo.")
Curiosidades e folclore
  • Conta-se que, em 1940, com Paris ocupada pelos nazistas, um oficial alemão, diante de uma fotografia reproduzindo o painel, perguntou a Picasso se havia sido ele quem tinha feito aquilo. O pintor, então, teria respondido: "Não! Foram vocês!";
  • Na parte central (inferior direito) do quadro, a pelagem do cavalo mutilado é retratada com pequenos traços verticais. Picasso teria começado a fazê-las, mas quem as terminou teria sido a sua esposa, pois o pintor teria dito que davam muito trabalho;
  • Esteve exposto no Casón del Buen Retiro antes de ir para o Museu Rcv em 1994;
  • O quadro, transferido para Nova Iorque durante a Segunda Guerra Mundial, recebeu do pintor a ordem de que apenas quando a Espanha fosse um país democrático poderia para lá ser translada. Ficou sob a guarda do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque - MOMA. Isso ocorreu apenas a 9 de Setembro de 1981, sendo Guernica retirada do MOMA rumo a Madrid. Tinha chegado ao final a peregrinação a obra que chamavam os espanhóis de "el ultimo exiliado".
  • Em Janeiro de 1973, e com o título de The Great Guernica Fraud, o professor Jeffrey Hart do Dartmouth College, publicou no National Review um estudo onde sustenta a tese de que o bombardeio de Guernica não ocorreu. O artigo foi reimpresso nos Jornais Die Welt e II Tempo. No último, teve o título: "Revelações sensacionais destroem um Mito".
  • Pablo Picasso, na época, não queria retratar a guerra e sim a injustiça.


Conjecturas

O que pensar da vida, amigo, quando ela te coloca várias dúvidas na cachola?

Talvez não tenhamos que pensar. Ou talvez, tenhamos que pensar sim!

Usar o nosso cérebro na potência máxima que conseguirmos para resolver todas elas.

Outro dia, me peguei pensando na seguinte situação:


"O universo conspira ao nosso favor" 1


Quando sigo a minha intuição 2, acabo sendo levado a uma situação geralmente boa. Preciso apenas da minha autorização e de mais ninguém para atender às minhas vontades e às minhas necessidades.

Minha cunhada disse que para viver precisamos de algo que faça valer à pena, precisamos acreditar que seremos melhores e que vivemos para isso.

Em um momento em que desacreditei que a vida poderia ser diferente, quando acreditei no casual, meu mundo desmoronou.

Depois disso, no fundo do poço, clamei ajuda - e meio que também fui ajudado sem esperar -, alguém veio ao meu socorro.

Minha mãe e minha família continuavam lá de braços abertos... Dei-me conta de que não sabia por onde eu tinha andado e percebi que há tempos não os via. Sentia falta deles. Por onde andei?

Talvez minha cunhada esteja certa.

Lembro de uma música do Nando Reis - segue mais ou menos assim:

"Por onde andei enquanto você me procurava?
E o que eu te dei? Foi muito pouco ou quase nada...
O que eu deixei? Algumas roupas penduradas...
Será que eu sei que você é mesmo tudo aquilo que me faltava?"

Acho que ela estava falando dele mesmo nessa música. E possivelmente eu esteja também falando de mim.

O que você acha?

Ele esqueceu-se dele mesmo e acabou entregando pouco do que ele necessitava. Não sabia que o que ele realmente precisava era dele mesmo.

Ouvi a Ivete Sangalo dizer na Xuxa esse final de semana que ela aprendeu a admitir que ela também tem suas necessidades e que - isso eu imagino, não foi ela que disse - hoje entende que além de satisfazer as necessidades do próximo, necessita atender a si mesma. Teve seu filho e hoje se sente realizada. 3

O ser humano é única e exclusivamente responsável pela sua vida, desde que tenha consciência e saúde para isso.

Na revista Veja li também uma reportagem que contava sobre a experiência de assassinos condenados e das suas experiências com a morte.

Poucos desses prisioneiros sentiam culpa por terem cometido o que, para mim, é o pior de todos os crimes. Na maioria das vezes diziam que foram obrigados a praticar o crime por legítima defesa.

_ Matei ele porque ele reagiu!

_ Se não tivesse atirado, ele poderia ter me matado!

_ O policial deu o primeiro disparo, por isso o matei!

E perceba que nenhum deles estava errado. Possivelmente, a conseqüência da reação das vítimas tivesse sido as mesmas citadas por eles..

Entretanto, ao fazer a escolha de roubar 4, a maioria já havia previsto a possibilidade de matar para se salvar. Portanto, a escolha foi própria, a responsabilidade continua sendo a do assassino.

Dizendo essas coisas, o indivíduo acaba dividindo a responsabilidade do seu ato com a vítima ao invés de assumir o seu próprio erro. 5

E para finalizar, simplesmente posso dizer o seguinte:

Somos responsáveis por nós mesmos e por nossas escolhas. Escolho no que me for tolerável, entender e aceitar o próximo e entender e aceitar a mim mesmo. Deixar a energia fluir e acreditar no Universo.



1 - Lembro que no desenho Avatar, da Nickelodeon, a personagem Ang acaba descobrindo que a energia é algo como a água fluindo pelos pontos vitais e que, necessariamente precisa continuar fluindo.
Entretanto, os pontos vitais - conhecido também por chackras - são pontos de acúmulo energético e, como canais, podem acabar se entupindo e impedir que a energia percorra o seu curso natural.
Dessa interrupção podem surgir doenças psicossomáticas, estudadas pela psicologia e medicina.
O que quero dizer com isso é que, nossas atitudes são regidas por um consenso entre ID, ego e superego também seguindo um fluxo energético. E que, ao ignorar uma dessas etapas - quando, por exemplo, ignoramos as nossas sensações - a chance de algo ficar entupido e conseqüentemente dar errado é muito grande.
Se você compra uma bicicleta com a intenção de curtir um dia de sol e ignora que o seu orçamento não é compatível com essa escolha, vai se sentir culpado depois - o que não é nada legal!

2 - Acredito que a intuição é algo ativo, interagindo com o Universo a todo o momento.

3 - A gente se torna mais capaz de atender as necessidades do próximo, quando estamos satisfeitos com nós mesmos.

4 - Algo criminoso, condenável.

5 - Algumas pessoas me dizem que "assumir o erro" é uma atitude madura. Ainda busco o entendimento do que é ser maduro. Talvez tenha algo a ver com conhecer e aplicar atitudes mais assertivas no dia-a-dia. Creio que o reconhecimento dos próprios erros remete a uma possibilidade de aprender um comportamento mais adeqüado àquela situação. Dessa forma, também à possibilidade de evitar que o fato se repita e aprender a aceitar que se você erra o próximo também pode errar.

Inacabado

Ontem fui à Igreja ouvir a minha avó cantar com seu coral, Cruz de Malta. Velhinhos com camisas brancas e assessórios com detalhes vermelhos - as senhoras com lencinhos e os senhores com gravatas-borboleta. Todos eles regidos por uma maestrina descendente da Rússia.

É curioso perceber como essa época natalina me envolve e como mexe com meu sentimento. Fico mais detalhista. Mais emotivo. Começa a entregar o que há de melhor em meu seio para o próximo. Ou assim desejo.

Quando dei por mim, estava ajoelhado em um ato de humildade, orando e chorando, tentando dar fim aos meus pecados. E, descartar a culpa que venho sentindo ultimamente.

Dizem que as lágrimas curam. Que às vezes, nos faltam palavras para descrever ou tentar explicar, racionalizando o que acontece. Às vezes, algo toca, comove e foge a sua compreensão. As lágrimas podem ser uma fonte de escape, um canal que guia ao seu verdadeiro eu. E percebo que, ontem, elas me levaram a alguma coisa inexplicável. Saí de lá mais aliviado.

Ao mesmo tempo, também saí com uma baita dor-de-cabeça. Precisei tomar água e tomar um Dorflex para dormir. Antes mesmo de ir para cama, deitei no sofá e por lá fiquei.

Ouço testemunhos. Procuro alguma coisa. Alguma coisa que não sei bem o que é. Tenho dúvidas...

Tento dizer algo mais. Tento, tento e tento entender. E tudo isso pra quê?

Por que essa necessidade tamanha de escrever? Falar por falar? Expressar todas essas dúvidas? Flutuar perdido em busca de uma intuição que dê sentido a tudo isso que venho sentindo? Por quê não se deixar levar apenas?

Vale a pena ponderar todas essas dúvidas!

Tá na hora de olhar um pouco para tudo isso ao invés de ficar pensando, pensando e pensando e usando esse comportamento como um mecanismo de autodefesa.

Então vamos lá!

1 - Por que essa necessidade tamanha de escrever?
Resposta: Porque através desse meio, consigo materializar meus pensamentos, tornando tangível algo que está fora do meu alcance. E refletir de forma mais clara sobre o que me assola.

2 - Falar por falar?
Resposta: Certa vez ouvi que sempre que se diz alguma coisa, não se fala apenas por falar. Sempre se fala para alguém que te escuta - às vezes essa pessoa pode ser você mesmo! O objetivo de falar é minimizar preocupações. Dessa maneira, mudar idéias que podem trazer perturbações.

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