quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

O texto de um piruá!

Ah, meu velho, de onde posso tirar mais paciência?
Estou cansado e sem vontade de dormir.

Dizem que a força das palavras é grande. O meu desejo de falar é maior ainda.

Me contam histórias de pipocas, de vida e morte, lagartas no casulo e borboletas que voam.
A tanatologia - ciência que estuda a morte - diz que a noção de que nossa vida é finita é a grande força motriz do mundo e que este, por sua vez, conspira ao nosso favor.

Cara, por que é que me falam, falam, falam e ninguém consegue me convencer de nada?!

Percebo que são palavras bem intencionadas e que estão aí pra me fazer sentir bem.
Contudo, ainda fica esse "nó" no estômago e esses tiques nervosos que não param - e eu quero muito fazer parar! - a me lembrar que existe algo que precisa ser resolvido; como por exemplo, o saldo da minha conta no banco.

Aonde vou chegar? O que a vida, Deus ou o Universo querem de mim? Eu quero de mim respostas e resoluções! Algo está muito errado!

Será que está de verdade?

Não tenho certeza. Mas estou sentindo isso.

Quero me desfazer desse sentimento. Viver bem a minha vida. Voltar a falar coisas conexas. Confiar e conversar. Com outras pessoas e não só comigo.

Meu Deus, me ajude!!!

Não quero viver como a personagem Ana da Clarisse Linspector.


"Sou o Harry, só Harry" - como disse o bruxinho Harry Potter em seu primeiro livro: Harry Potter e a Pedra Filosofal.



"Pai Nosso que estais no Céu, santificado seja o Vosso nome. Venha a nós o Vosso Reino. Seja feita a Vossa vontade..."

O que queres de mim?

Dizem que as palavras têm força. Que o nome de Deus não deve ser pronunciado em vão.


Preciso de uma mão, Meu Deus! O que será de mim?


Um evangélico me falou que o nome de Jesus afasta os maus-espíritos e demônios. Ao som de "Jesus" uma exorcização pode ser feita.

Deus leva de mim esses maus-espíritos, por favor?

Reluto em aceitar esse destino. Tomara realmente, Rubem Alves, que eu esteja, passando por este fogo pra virar uma pipoca!
Quero aceitar o meu destino. Esse processo é muito díficil. Sei que vou conseguir. Tenho dúvidas se vou conseguir. Mas tenho fé!

O sacríficio - este negócio de que precisamos sofrer para crescer - é uma ideologia judaico-cristã. Jesus padeceu na cruz para a nossa salvação. Cada um de nós tem a sua própria cruz.

Mas para quê sofrer?

Realmente precisamos disso?

Me faltam palavras. Os passarinhos fora do meu carro cantam e eu não consigo mais manter minha atenção.
Estou cansado.

E por ora não quero mais falar sobre isso.

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